No Fetched

domingo, 28 de novembro de 2010

Eu quis escrever, quis tanto que a escrita se esvaiu.

Escrito por Yasminn Onça às 10:40

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Eu não escrevo para ninguém. É que o que eu sinto é grande demais para ficar só dentro de mim.

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Então, garçom, traz mais um café expresso, por favor. Ainda falta muito pra eu ver o sol nascer.

Não era perfeito, era melhor. Éramos grandes pontos centralizados de amor.

Não dá pra te apagar da minha vida, ainda que eu tenha jogado fora tudo o que era seu.

As coisas mudam, mas eu acho que isso não muda. Essa coisa de ter a certeza de que eu tenho os maiores sonhos do mundo.

Sabe, assim, eu sou pequena, mas sinto em mim uma coisa tão grande que não saberia em 15 estádios de futebol.

Sinto, às vezes, que perdi a coragem. Mas aí eu sinto outras vezes que não pode existir no mundo alguém tão corajoso quanto eu.

Deixa que das minhas dores cuido eu. Porque não sou poucas, mas eu conheço todas elas.

É que os seus passos me aprecem tão sincronizados com os meus.

Eu tenho certeza de que é aqui o lugar que muitos gostariam de estar.

Eu sinto uma saudade absurda da irresponsabilidade, de sonhar alto sem medo porque os pés já começam a ficar cansados dessa caminhada árdua que é correr atrás do que se quer.

Enquanto eu pagar minhas contas, aquilo que você pensa nada mais é do que apenas aquilo que você pensa.

Mas, na boa, enquanto eu fazia minha cara de quem sabe esperar, nós dois sabíamos que sempre repartimos o mesmo pôr-do-sol.

Me imaginando admitir que me enganei esse tempo todo e você simplesmente admitindo que me quis na sua cama esse tempo todo.

E você que me perdoe, mas escrevendo eu posso tocar muitos corações e, pra mim, isso vale mais do que qualquer título.

Eu gosto de gente que me faz sentir viva. Que está desesperada para viver, também.

Talvez seja por isso que eu me vejo no direito de dizer as coisas que digo: porque ninguém me prova o contrário.

Mas nos fim das contas você me abraça e não diz nada e é desse silêncio que eu preciso.

E agora a gente discute o relacionamento que nunca tivemos coragem de ter.

Ninguém vai saber nada disso se eu não te assumir pro mundo. Se eu não pegar na tua mão e disser que você é ela. Ela, aquela, a bendita.

Me culpem quantas vezes quiserem pelas suas próprias incapacidades.

Ninguém fica sabendo quantas vezes eu gastei vinte reais da minha casa pra sua, às quatro da manhã porque você, em um impulso quase involuntário me disse que sentia minha falta.

Nós temos um lance, um caso, um rolo, um romance, um laço, um caroço, um espinho, o caralho a quatro, não sei, algo importante. Importante o suficiente pra não me deixar ficar porque morro de medo de que ficando, eu posso estar indo.

Eu adiei pessoas que achei que fossem pra sempre.

Duas almas inquietas que transformam alguns sentimentos em letras. Me soa como perfeição.

As desavenças terrenas podem me tirar tudo, mas nunca os meus sonhos, porque desses eu cuido à sete chaves.

Eu só quero tirar umas fotos e escrever uns textos. Isso me faz mais feliz do que mil barras de ouro.

Sorri e sossega. Rega a minha alma. Eu durmo sem pressa.

Vamos porque eu ainda continuo desesperada de vontade de gritar em 15 idiomas how fucking good this life can be.

Eu estou escrevendo porque essa é a coisa que eu mais gosto de fazer na vida.

Agora eu tô aqui, louca de vontade de viver o mundo e a vida de um jeito filho da puta de lindo. Tatuando os amores, transando pelos cantos, rindo das dores. E cadê você?

Eu nunca quis ir embora. Mas não dava pra ficar. Eu não sei mentir pra mim.

Por mais pessoas que passem a noite inteira em claro para poder ver clarear.

Bons e direitos passos nunca levam ao caminho errado.

E eu me perguntei porque porra eu fiquei tanto tempo sem você.

Viver é tãão mais interessante que dormir.

Ele sabe, eu sei, era bonito demais pra ir adiante.

Não tem motivo pra ter afinidade com alguém. Não tem motivo pra deixar de ter, também.

Hoje estou no escuro, mas tenha certeza de que volto.

Yasminn Onça. Tema Celestial. Tecnologia do Blogger.