
Perfeição. Eu desde sempre tive a ideia ilusória do relacionamento perfeito. Influência hollywoodiana, livros infantis, Disney... enfim! Eu sempre quis um relacionamento perfeito: o menino perfeito, os lugares perfeitos, as fotos perfeitas, os presentes perfeitos e tudo muito perfeito. Mas cometemos erros. Somos pessoas diferentes, que pensam coisas diferentes, veem coisas diferentes, fazem coisas diferentes. E ainda que diferentes, encontramos um porquê de ser igual.
Enfim, eu acordei.
Não era perfeito, era melhor. Éramos grandes pontos centralizados de amor. Encaixe aleatório. Respiração ofegante. Beijos apaixonados. Mãos calorosas. Olho no olho. Éramos e somos. Exalamos respeito, carinho, admiração. Somos uma necessidade saudável do sorriso do outro. Abraços demorados. Colados. Mãos juntas, suadas, mas nunca separadas. Nós somos a tradução do que acontece quando se apaixona por alguém além de si. E refletindo sobre isso concluí que somos o errado melhor que o perfeito. Somos o erro, a lágrima, a dor automaticamente consolada pela ciência da existência do outro. Somos, na verdade, mais do que o erro, mais do que a perfeição: somos amor.
27 de outubro de 2011
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