domingo, 2 de junho de 2013

Eu achei. Acredite em mim, ou não acredite em nada. Eu achei qualquer coisa que eu tenha perdido que me fazia pensar. Aquela coisa lá, que você dizia que me fazia escrever os meus textos. Com toda aquela pontuação esquisita, com frases sem nexo. Só porque ninguém entendia o que eu queria dizer a não ser por quem eu ironicamente escrevia. Há quatro meses não consigo finalizar um texto. A ideia é ótima, o sentimento é genuíno, mas não sai. O bloco de notas no icloud tá cheio de duas frases medianamente construídas. Nenhuma porra de parágrafo. Você percebeu? Eu parei de buscar. Só porque eu acho que você engravatou demais e não vai enxergar minha alma caso eu bata no seu portão e chore no sofá. Eu desejo tanto que você existisse. Aliás, me fala uma coisa, você existiu mesmo? Porque eu me lembro de alguém que me roubava beijos nos meus relacionamentos nas cidades vizinhas. Eu lembro de alguém que não dizia nunca o que me queria, mas aí se dizia um quase insonoro "vem" eu já tinha trocado todos os passes de ônibus intermunicipal. Que deitava no meu colo e às vezes nem falava nada, mas era como se dissesse tudo só porque piscava na hora certa.
Eu só tenho 20 fucking anos, mas eu juro que te amei. E é sério. Eu acho que ninguém nesse mundo me entende, sabe? Ninguém vê o que eu quero quando falo dessas coisas loucas que passam na minha cabeça e que só você soube até o fim. E soube só porque eu achei que você ficaria. Que ficaria até eu dizer chega. Só que eu não disse nada, idiota. Você tinha medos. Eu lembro. Você me disse duas ou três vezes que não ia me perder.
Agora eu tô aqui, louca de vontade de viver o mundo e a vida de um jeito filho da puta de lindo. Tatuando os amores, transando pelos cantos, rindo das dores. E cadê você?
Você que é tão perdido quanto eu, ainda não cansou de dançar essa valsa sem graça de sapato fechado e paletó? Vaamos que ainda dá tempo de ver o sol nascer em outro estado. Vai, eu te deixo ir buscar o violão. Assim a gente corre e você toca mais uma pra mim.
Vamos porque eu ainda continuo desesperada de vontade de gritar em 15 idiomas how fucking good this life can be. Só pega umas cuecas e duas camisas, podemos fazer um varal na bicicleta. Não temos tempo a perder.
Vem cá que eu continuo sendo sua. E só.

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