Ele escreveu alguma coisa bonitinha pra mim quase um ano e meio depois e eu achei legal. Mas não suficiente, do mesmo jeito que ele não quis deixar. Preferiu seguir a diante na vidinha sem graça e sem muita perspectiva porque era cômodo e eu quis morrer com isso.
De que bastavam as minhas sexta-feiras loucas no centro de São Paulo? E das minhas chamadas repentinas se ele preferiu viver uma vida sem graça com alguém de um sabor só? E fiquei doida querendo morrer por simplesmente não ser. De nada valia o meu texto e tão pouco o meu sentimento. Mas naquela hora, naquele exato momento o que valia era só a satisfação que eu sentia.
Agora ele sabia que eu escrevia pra ele, mas não me satisfazia com ele. Dá uma sensação de poder, bem maior do que usar um vestido muito menor.
Ele vive uma rotina cansada e não se satisfaz, porque se o fizesse não teria escrito nada só pra me lembrar que ainda sente. E fez questão de mostrar. Aí eu li e me enjoei e fiquei com vontade de ligar pra dizer que estava extremmente satisfeita em saber que mesmo longe eu surtia aquele efeito. E que ele se sentir culpado já era alguma coisa. Porque agora ele vai continuar com a menina do vestido preto básico pensando na minha estampa. Mesmo que queira morrer por isso, mesmo que odeie quando se lembra de mim por um motivo banal.
E eu deixei pra lá a rotininha chata dele, com a menina comum que vai ser sempre um mistério. Bem diferente de mim. Seria trabalho demais manter um relacionamento com alguém tão instável e independente como eu, os homens não suportam.
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