Há mais de treze anos você foi embora. Faz mais de treze longos anos que eu não te vejo. Que não sinto seu cheiro. Que não ouço a tua voz. Faz mais de treze anos que eu tenho um vazio preenchido. Faz mais de treze anos. Você se foi sem me dar um beijo, um abraço. Tudo o que restou foi uma mensagem na caixa postal. E mais nada.
Hoje, mais um dia qualquer desta minha jornada você apareceu. Repito: você apareceu. Em sua melhor e mais bonita forma mostrou-se para mim. Na beleza singular que te pertence, sorriu. Faz mais de treze anos e você sorriu! Quis me abraçar, mas eu corri. Eu corri porque eu queria te entregar alguma coisa que significasse o quão importante você é. Qualquer coisa que dissesse: eu te amo e sinto sua falta.
No fracasso de minha busca, retornei ao meu lar, onde você pacientemente me aguardava. E eu, sem saber que o tempo que tinha era curto retornei e quis tanto te abraçar. Eu quis te beijar e te abraçar e te beijar e te abraçar e te beijar e abraçar. E os dias poderiam acabar nessa sequência. Mas você tinha de ir. Você, mais uma vez precisava me deixar. Eu compreendi. Eu não entendo bem o porquê, mas eu compreendi que você tinha de ir.
Em seu único, em treze anos, momento de folga veio me presentar com ouro, e ainda mais com a sua presença. Você disse que cuidara de mim durante todo esse tempo e que não esteve ao meu lado porque realmente não pudera. Você tinha que ir, mas ainda assim sorria, como se estivesse na paz eterna. Como se os dias fossem calmos e serenos.
Obrigado, pai, pelo ouro, pelo sorriso, pelo amor. Eu sinceramente, peço a Deus que cuide eternamente de nós.
Eu te amo e sinto a sua falta.
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