Me perguntaram: quantas pessoas a fazem sentir-se extraordinária?
Da enorme lista de pessoas que cativei e que me cativaram também ao longo dos meus dezoito anos, além dos meus familiares - que feliz ou infelizmente não posso me livrar- sobraram apenas nomes.
Nomes que me me lembro com firmeza ou vagamente pela imagem de um rosto borrada pelo tempo. Eu poderia encher parágrafos de palavras bonitas e cheias de saudade como gosto de fazer, mas hoje pretendo ser direta em meu discurso.
Ninguém é insubstituível. Amei pessoas na doce ilusão que as teria pela minha própria eternidade. Não, algumas eu não tive nem por um ano se quer. Outras amei por anos a fio, mas mesmo assim as perdi. E quando digo que amei, significa que cuidei, que dediquei parte do meu tempo a saber do que gostavam, o que sentiam e a fazer com que se sentissem extraordinárias. Ainda assim, perdi uma a uma e continuarei perdendo. Cindo dedos de uma mão é muito para contar as pessoas que hoje caminham do meu lado, mas que em poucos anos não estarão mais.
Resumindo: amores eternos não existem, amigos eternos não existem. Eu posso - e vou - continuar tentando, mas ciente de que o único amor que basta e não esvai é o meu próprio amor. Próprio amor: aquele que eu sinto por mim e pelos outros, o único que eu posso controlar.
Entretanto, todo esses discurso não responde a minha pergunta, que inevitávelmente me faz pensar nas pessoas ao meu redor. Quando, na verdade, quem faz com que eu me sinta extraordinária está em nenhum lugar além de dentro de mim.
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