sábado, 15 de outubro de 2011


Algumas vezes no ano, inevitavelmente lágrimas escorrem pelo meu rosto, como cataratas intermináveis de água salgada. E eu choro por sentir tanto a sua falta, por querer que você me veja, que me sinta, que me olhe. Um querer tão mais forte do que qualquer outro que eu já quis. Eu quero ouvir a tua voz, olhar nos teus olhos e observar os seus gestos e atos. Eu quero muito. E choro muito.

De tanto querer, pedir e chorar Deus permitiu que eu te visse com as lembranças que tenho na memória. Eu te vi em meu sonho, deslumbrante como sempre. E não tem como não sorrir só de lembrar do modo como você me olhou, como quem enche o peito e se orgulha do que vê. E me abraçou com tanta ternura, que eu perdi a fala. Querer te abraçar é como se fosse a última gota de água do planeta. Você me olhava como se eu fosse o diamante mais vistoso, a jóia mais rara. Eu, pisando em nuvens, te carregava pra lá e pra cá como quem carrega um troféu. E eu nunca me senti tão completa antes nessa vida. Me sinto mais leve aqui, de saber que você aí cuida tanto de mim.
Obrigado, pai, eu te amo com todas as forças possíveis e impossíveis de um ser humano.

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