Não é raiva, nem é dor
É vazio.
É um nada muito cheio
É areação.
Como criança criada não vê, como homem adulto não sente.
Vou me perdendo em minha mente.
São coisas aleatórias e vazias. É um mundo ingrato. É um sentimento ingrato. Amar é ingrato. Doar-se sem previsão,
Na ilusória paixão
Que no fim não existe.
Nada existe, o amor não existe.
Feche os olhos e sinta o coração em sua mão dando adeus em sua última batida.
E para de pulsar e eu ainda vivo.
Eu ainda vivo com um coração que já não pulsa,
Que já não quer pulsar.
E não é ele, sou eu
Eu e a minha infinita sina de acreditar que é verdade
Que o meu sonho de amar ainda vai se tornar realidade.
E pelo meu dedo se esvai a vontade de zelar.
E o vazio amortece a dor
Mas eu sei que ela virá, cedo ou tarde virá.
Os meus olhos secos
Meu coração de pedra
E minhas mãos fechadas ultrapassam essa etapa
Eu quero mesmo continuar?
Eu quero viver tentando?
Eu não quero mais me esquivar dessa vontade de remar.
Remar pra longe,
Sem paradas pra beijar
Nem uma mão que seja, nem ao menos uma testa.
Vou-me embora antes que termine a festa
Pois desta nunca gozo, enfim
Visto que o fim sempre chega mais cedo pra mim.
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