domingo, 29 de setembro de 2013

Eu vou gostar muito mais de você quando você me ligar nas tardes de domingo. Porque no fundo, no fundo todo mundo sabe que compartilhar o ombro em dias que não se quer ninguém é mais do que querer. E sempre chega um e-mail ou outro nas terças ou quartas entre as semanas que você não deixa de existir por séculos. Afinal, você sorri um pouco e eu vou desligar o seu celular mesmo com todas essas ligações de trabalho que você precisa antender. Eu nunca aceitei e nem nunca vou aceitar dividir a sua atenção. Será que você sabe o quanto é difícil encontrar alguém que entenda que eu gosto de transar de janela aberta mesmo que sejam três da tarde e o vizinho do prédio da frente esteja esparramado no sofá? Porque eu odeio ficar suada e sentindo esse cheiro de coito de domingo ganhando graça. E vai, sim, ser melhor quando eu te disser que eu não to afim por motivos inexistentes e você me olhar com essa cara de "eu tô tão louco por você que agora não dá mais...".
Difícil admitir, mas um abraço apertado nesse corpo de meio metro que eu tenho me ganha mais que mil flores roxas no entardecer. E o melhor de todas as coisas que ficaram implícitas nesses registros é que quando você vai embora eu nunca sei quando voltará e eu espero das profundezas da minha alma que não seja cedo demais.

"Dorme agora, neném, é só o vento lá fora."

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