Os nossos lábios se distanciaram e eu ainda pude sentir o seu cheiro. Depois de um tempo passou, o cheiro, não a falta. E andamos em direções opostas torcendo o tempo todo para que os caminhos se atraíssem e nos levassem a um mesmo lugar outra vez. Difícil admitir. Não mais fácil de viver, mas nos adaptamos ao masoquismo de nossos dias distantes e corações gritantes.
Não é um pedido de volta, não é a saudade me sufocando outra vez. É a incompreensão que me faz escrever para tentar descobrir de que é feita essa corda que nos amarra. Uma corda que afrouxa e depois aperta tanto que me deixa encostadinha em você. Você daí e eu daqui e não ousamos olhar para trás com medo do coração acelerar e esperamos a corda afrouxar outra vez para poder respirar. Aí sim podemos dormir em paz, sem perder noites em claro. É medo do incerto. Já faz mais de um ano esse quer não-quer e sabemos que somos loucos um pelo outro e sonhamos com a felicidade dos dias em que nos permitimos amar sem nos perder.
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